Tabela de Serviços de Despachante Imobiliário

O despachante imobiliário é o profissional responsável por lidar com questões burocráticas e documentais relacionadas a imóveis, como a regularização, transferência de propriedade e emissão de certidões. Abaixo está uma tabela com os principais serviços oferecidos por esse profissional e seus custos aproximados, que podem variar de acordo com a localização e complexidade do processo.

Precisa de um serviço especializado? Que não consta na lista abaixo?

*estimativa de valores, podem variar de acordo com cada estado, cidade ou mesmo cartório. Solicite um orçamento para informações mais precisas.

Serviço Descrição Custo Aproximado
Transferência de Propriedade Acompanhamento de todo o processo de transferência de imóvel em cartório, incluindo o pagamento de taxas e registro. R$ 1.500 a R$ 3.000
Regularização de Escritura Auxílio na legalização de escrituras para imóveis que ainda não possuem o documento ou têm pendências. R$ 1.200 a R$ 2.500
Emissão de Certidões Obtenção de certidões como negativas de ônus reais, negativas de débitos fiscais e outras necessárias para a venda ou regularização do imóvel. R$ 200 a R$ 500 por certidão
Regularização de Imóvel Resolução de pendências documentais e legais para imóveis que se encontram em situação irregular. R$ 2.000 a R$ 5.000
Cancelamento de Hipoteca Auxílio no cancelamento de hipoteca ou outro ônus registrado sobre o imóvel. R$ 800 a R$ 2.000
ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) Assistência no cálculo e pagamento do ITBI necessário para a regularização de imóveis vendidos ou transferidos. De acordo com o valor do imóvel (2% a 3%)

Importância de Contratar um Despachante Imobiliário

Contratar um despachante imobiliário agiliza o processo de regularização e transferência de imóveis, garantindo que os trâmites burocráticos sejam cumpridos de forma correta e dentro dos prazos legais. Esse profissional é fundamental para evitar problemas futuros relacionados à documentação e à legalidade do imóvel.

Valores estimados para 2025

Serviço Descrição Custo Aproximado
Assessoria em Financiamento Imobiliário Auxílio na obtenção de financiamento junto a instituições financeiras, incluindo preparação e submissão de documentação necessária. R$ 1.000 a R$ 2.500
Consultoria Jurídica Imobiliária Orientação sobre aspectos legais em transações imobiliárias, interpretação de leis e regulamentos, e prevenção de litígios. R$ 500 a R$ 1.500 por consulta
Mediação em Negociações Imobiliárias Atuação como mediador entre compradores e vendedores para facilitar acordos satisfatórios para ambas as partes. R$ 1.000 a R$ 3.000
Gestão de Condomínios Administração de contratos, documentos e conformidade legal de condomínios, incluindo resolução de pendências administrativas. R$ 1.500 a R$ 4.000 mensais
Planejamento Sucessório e Transferências Preparação de documentos para transferências de propriedade decorrentes de heranças, doações ou planejamento sucessório. R$ 2.000 a R$ 5.000
Regularização de Construções e Reformas Auxílio na obtenção de licenças e aprovações necessárias para construções e reformas, garantindo conformidade com normas municipais e estaduais. R$ 1.500 a R$ 3.500
Obtenção de Habite-se Processo para obtenção do certificado de conclusão de obra, necessário para a regularização do imóvel. R$ 1.000 a R$ 2.500
Desmembramento ou Unificação de Lotes Procedimentos para dividir um lote em menores ou unificar vários em um único, conforme as necessidades do proprietário. R$ 2.000 a R$ 4.000
Retificação de Área Correção de discrepâncias nas medidas do imóvel registradas em cartório, ajustando-as à realidade física. R$ 1.500 a R$ 3.000
Assessoria em Inventário Imobiliário Auxílio na inclusão e regularização de bens imóveis em processos de inventário, garantindo a correta transferência aos herdeiros. R$ 2.500 a R$ 5.000
Regularização de Imóveis Rurais Procedimentos específicos para a legalização de propriedades rurais, incluindo obtenção de certidões e registros necessários. R$ 2.000 a R$ 4.500
Assessoria em Leilões Imobiliários Orientação e acompanhamento em processos de compra de imóveis em leilão, garantindo segurança jurídica na aquisição. R$ 1.500 a R$ 3.500
Lei 951497 Alienação Fiduciária e Suas Implicações para Credores e Devedores

Lei 9514/97: Alienação Fiduciária e Suas Implicações para Credores e Devedores

A Lei 9514/97, que regula a alienação fiduciária de bens imóveis no Brasil, trouxe grandes mudanças para o mercado imobiliário, facilitando o acesso ao crédito e acelerando a recuperação de garantias por parte dos credores. Este artigo explora as implicações dessa legislação para credores e devedores, detalhando o funcionamento da alienação fiduciária e suas principais características.

O Que é a Lei 9514/97?

A Lei 9514/97, promulgada em 20 de novembro de 1997, dispõe sobre o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) e introduziu o mecanismo da alienação fiduciária de bens imóveis no Brasil. Esse mecanismo oferece uma forma de garantia nos contratos de financiamento imobiliário, permitindo que o devedor transfira a propriedade do imóvel ao credor como garantia de pagamento, mas mantenha a posse direta do bem enquanto o contrato estiver em vigor.

Como Funciona a Alienação Fiduciária?

A alienação fiduciária é um modelo de garantia no qual o credor recebe a propriedade do imóvel em caráter resolúvel, ou seja, enquanto durar o financiamento. O devedor continua a usufruir do imóvel, mas a propriedade plena só é restabelecida ao final do pagamento do financiamento. Se o devedor deixar de honrar o pagamento, o credor pode executar a garantia e leiloar o imóvel.

Passo a Passo da Alienação Fiduciária

  1. Assinatura do contrato: O comprador assina um contrato de alienação fiduciária com a instituição financeira ou o credor, transferindo a propriedade do imóvel como garantia do financiamento.
  2. Registro no cartório: O contrato de alienação fiduciária deve ser registrado no cartório de registro de imóveis, formalizando a transferência da propriedade ao credor.
  3. Posse do devedor: O devedor permanece na posse do imóvel e pode utilizá-lo normalmente, desde que mantenha os pagamentos em dia.
  4. Quitação do financiamento: Ao final do pagamento, o devedor recupera a propriedade plena do imóvel, que é registrada novamente no seu nome.
  5. Execução em caso de inadimplência: Se o devedor não quitar as parcelas, o credor pode solicitar a execução da garantia e leiloar o imóvel para recuperar o valor do crédito.

Implicações para Credores

Para os credores, a alienação fiduciária é uma forma mais segura de conceder crédito, pois o imóvel serve como garantia do pagamento do financiamento. Em caso de inadimplência, o credor pode iniciar o processo de execução da garantia e, de maneira mais rápida e menos burocrática do que em outros mecanismos, como a hipoteca, recuperar o imóvel para leilão.

A execução da alienação fiduciária é extrajudicial, o que significa que o processo ocorre fora da Justiça, acelerando a recuperação do bem e evitando longos trâmites judiciais. Além disso, o credor tem direito a leiloar o imóvel para quitar a dívida, sendo que o valor excedente da venda, se houver, é devolvido ao devedor.

Implicações para Devedores

Do lado dos devedores, a alienação fiduciária permite o acesso mais facilitado ao crédito imobiliário, já que os credores têm uma segurança maior de que o imóvel poderá ser recuperado em caso de inadimplência. No entanto, os devedores devem estar cientes de que a falta de pagamento pode resultar na perda do imóvel.

Em caso de inadimplência, o devedor ainda tem a oportunidade de quitar a dívida até a realização do leilão, recuperando assim o imóvel e evitando a perda definitiva. Entretanto, uma vez realizado o leilão, o devedor perde o direito sobre o bem, ficando apenas com o valor excedente, caso o imóvel seja vendido por um preço superior ao saldo devedor.

Execução da Garantia: Passo a Passo

Quando o devedor deixa de pagar o financiamento, o credor pode iniciar a execução da garantia, seguindo o seguinte processo:

  1. Notificação do devedor: O credor notifica o devedor, dando-lhe um prazo de 15 dias para quitar a dívida.
  2. Leilão extrajudicial: Se o pagamento não for realizado, o imóvel é levado a leilão extrajudicial. O primeiro leilão ocorre com o imóvel avaliado pelo valor de mercado.
  3. Segundo leilão: Se o imóvel não for arrematado no primeiro leilão, um segundo leilão é realizado, podendo o imóvel ser vendido por qualquer valor, desde que seja suficiente para quitar a dívida.
  4. Devolução do valor excedente: Caso o valor obtido no leilão seja superior à dívida, o credor deve devolver o excedente ao devedor.

Vantagens da Alienação Fiduciária

A alienação fiduciária apresenta várias vantagens tanto para credores quanto para devedores. Entre elas, destacam-se:

  • Execução rápida: O processo extrajudicial permite uma recuperação mais ágil do imóvel em caso de inadimplência.
  • Menor burocracia: Diferentemente da hipoteca, a alienação fiduciária evita longos processos judiciais, facilitando a execução da garantia.
  • Acesso ao crédito: Para o devedor, esse modelo facilita a obtenção de financiamento imobiliário, uma vez que os credores têm mais segurança no processo.
  • Possibilidade de quitação: O devedor tem a oportunidade de quitar a dívida até a realização do leilão, evitando a perda do imóvel.

Conclusão

A Lei 9514/97 e a alienação fiduciária trouxeram maior segurança para o mercado imobiliário brasileiro, facilitando o acesso ao crédito e oferecendo uma forma mais rápida e eficaz de recuperar garantias em caso de inadimplência. Para credores, a alienação fiduciária garante uma execução ágil e extrajudicial, enquanto para os devedores, oferece a possibilidade de financiamento com menores complicações.

Contar com a assistência de um advogado especializado é fundamental para garantir que o processo de alienação fiduciária seja realizado de forma correta, tanto para proteger os direitos do credor quanto para assegurar que o devedor compreenda todos os aspectos do contrato.