holding-familiares (7)

Holding Familiares: Estratégias, Vantagens e Desafios [2024]

Descubra como uma holding familiar pode proteger e gerenciar seu patrimônio em 2024. Saiba mais sobre as vantagens de segurança fiscal e controle, os riscos de poder excessivo, e obtenha estratégias para uma gestão eficaz e segura.

Definição e Propósitos de uma Holding Familiar

Uma holding familiar é uma estrutura corporativa criada para consolidar ativos e investimentos sob uma única entidade jurídica, dirigida principalmente à gestão e proteção do patrimônio de uma família. Este arranjo facilita a administração dos bens, oferece proteção contra litígios e possibilita um planejamento sucessório mais eficiente e econômico. As holdings familiares são especialmente valorizadas por sua capacidade de otimizar obrigações fiscais e de proporcionar uma governança patrimonial unificada, garantindo a continuidade e a integridade do patrimônio através das gerações.

Como uma holding familiar estrutura o patrimônio?

Uma holding familiar estrutura o patrimônio consolidando todos os ativos significativos da família — como imóveis, participações em empresas, investimentos financeiros, e até obras de arte — sob o guarda-chuva de uma única entidade corporativa. Esta estruturação permite que a propriedade e a gestão desses bens sejam centralizadas, facilitando o controle administrativo e financeiro.

Na prática, os membros da família transferem seus ativos para a holding e, em troca, recebem cotas ou ações desta entidade, tornando-se sócios conforme a proporção de seus investimentos. Isso não apenas simplifica a gestão do patrimônio ao reduzir a complexidade associada ao controle de múltiplos bens em diferentes localizações e formas, mas também estabelece um mecanismo eficaz para o planejamento sucessório.

Por meio da holding, o patrimônio não é apenas gerido de maneira mais eficiente, mas também protegido contra riscos externos, como disputas legais e reivindicações de credores, uma vez que os ativos pessoais dos membros da família estão legalmente separados dos ativos da empresa. Além disso, essa estrutura facilita a transmissão de riqueza entre gerações, já que a transferência de cotas ou ações pode ser mais simples e menos onerosa do ponto de vista fiscal do que a transferência direta de ativos individuais.

O embasamento legal para a criação e operação de uma holding familiar no Brasil é sustentado principalmente pelo Código Civil, que regula as sociedades empresariais e civis, e pela legislação tributária que aborda os aspectos fiscais envolvidos nas transferências de bens e direitos.

Código Civil (Lei nº 10.406/2002):

  • Artigos 981 a 986: Estes artigos definem os tipos de sociedades que podem ser formadas (simples ou empresárias), regulamentando as sociedades limitadas, que são comumente utilizadas para holdings familiares.
  • Artigos 1.052 a 1.087: Regulamentam especificamente as sociedades limitadas, detalhando questões de gestão, transferência de quotas e responsabilidades dos sócios.

Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966):

  • Aborda os aspectos tributários relevantes para a transferência de bens para a holding, incluindo o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) e o Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
  • Artigos 130 a 135: Discutem a responsabilidade tributária na transferência de bens e direitos.

Lei das S.A. (Lei nº 6.404/1976):

  • Embora as holdings familiares frequentemente adotem a forma de sociedade limitada, a Lei das Sociedades por Ações também pode ser aplicável, especialmente se a holding for estruturada como uma sociedade anônima.

Essas leis fornecem a base legal para a formação de holdings familiares, permitindo a centralização do controle patrimonial, a otimização fiscal e a proteção do patrimônio. A estruturação adequada e o cumprimento das obrigações legais e fiscais são essenciais para garantir a eficácia e a segurança da holding familiar.

Principais objetivos ao criar uma holding familiar

Ao criar uma holding familiar, os principais objetivos geralmente envolvem a gestão eficiente do patrimônio, a proteção dos ativos, a otimização fiscal e a facilitação do planejamento sucessório. Aqui estão os detalhes desses objetivos:

  1. Gestão Centralizada do Patrimônio: Uma holding familiar permite que todos os ativos importantes sejam geridos sob uma única entidade, facilitando a administração, a tomada de decisão estratégica e a supervisão contínua do patrimônio. Isso inclui a gestão de imóveis, participações empresariais e outros investimentos financeiros.
  2. Proteção de Ativos: Por meio da holding, os ativos são legalmente isolados das finanças pessoais dos membros da família. Isso os protege contra riscos externos, como litígios ou reclamações de credores pessoais, uma vez que os bens estão sob o nome da entidade jurídica e não dos indivíduos.
  3. Otimização Fiscal: A estruturação de uma holding familiar pode proporcionar vantagens fiscais significativas, incluindo a redução na carga tributária associada à transferência de ativos, como imóveis e participações societárias, e a minimização de impostos sobre heranças e doações.
  4. Planejamento Sucessório Simplificado: A holding facilita o planejamento sucessório ao permitir que a transferência de propriedade para as próximas gerações ocorra de maneira estruturada e eficiente. A distribuição de cotas ou ações da holding pode ser planejada com antecedência, garantindo a continuidade dos negócios e a preservação do patrimônio familiar sem a necessidade de um processo de inventário extenso e custoso.
  5. Governança Familiar: A holding pode também ser uma ferramenta para implementar práticas de governança corporativa dentro da família, estabelecendo regras claras para a gestão dos ativos, a tomada de decisão e a resolução de conflitos, o que é essencial para manter a harmonia e a estabilidade financeira ao longo das gerações.
  6. Flexibilidade Financeira: Com uma gestão eficaz, a holding familiar pode reinvestir lucros e otimizar seu portfólio de investimentos para aproveitar oportunidades de mercado, aumentando assim o patrimônio ao longo do tempo.

Estes objetivos mostram como uma holding familiar não é apenas uma estratégia de proteção, mas uma ferramenta poderosa para o crescimento sustentável e a gestão profissional do patrimônio familiar.

Impacto para os herdeiros: gestão e sucessão patrimonial

O impacto da criação de uma holding familiar sobre a gestão e a sucessão patrimonial para os herdeiros é diretamente influenciado por várias leis e princípios legais brasileiros. O embasamento legal para esses aspectos pode ser encontrado no Código Civil, na legislação tributária e em outros dispositivos regulatórios. Abaixo, detalho os principais aspectos legais que governam essas práticas:

Código Civil Brasileiro (Lei nº 10.406/2002)

  1. Artigos 1.784 a 1.790 – Estes artigos tratam da sucessão em caso de morte, especificando que a herança transmite-se aos herdeiros legítimos e testamentários no momento da morte. A utilização de uma holding familiar pode facilitar esse processo, pois a transmissão se dá por meio de cotas ou ações, simplificando a divisão do patrimônio.
  2. Artigos 997 a 1.038 – Regulam a constituição e o funcionamento das sociedades limitadas, a forma mais comum de holding familiar. Estas seções definem como os interesses dos herdeiros são protegidos através de acordos societários e como a gestão é estruturada para assegurar a continuidade do negócio.

Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/1966)

  1. Artigo 96 – Este artigo estabelece que a transferência de bens e direitos resultante de sucessão causa mortis está sujeita à tributação (ITCMD). No entanto, a estruturação através de uma holding familiar pode minimizar esses custos tributários através de planejamento sucessório estratégico.

Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976)

  1. Artigos 108 a 118 – Esses artigos abordam as questões de transferência de ações e os direitos dos acionistas, que são aplicáveis no contexto de holdings estruturadas como sociedades por ações, proporcionando um mecanismo para a transferência ordenada de controle e propriedade.

Lei do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)

  • Lei Estadual Específica para ITCMD – Cada estado brasileiro tem sua própria legislação sobre o ITCMD, que regula a transferência de quaisquer bens ou direitos, incluindo as cotas de holdings familiares. O planejamento adequado pode resultar em uma significativa economia fiscal na transferência dessas cotas em comparação com os ativos diretamente.

A utilização de uma holding familiar para a gestão e sucessão patrimonial permite não só uma transferência patrimonial mais eficiente e estruturada, mas também a exploração de vantagens legais e fiscais que minimizam a carga tributária sobre a transferência de bens e garantem a continuidade dos negócios familiares. A conformidade com as leis aplicáveis e um planejamento cuidadoso são essenciais para maximizar esses benefícios.

A necessidade de suporte legal para estruturar uma holding

A necessidade de suporte legal para estruturar uma holding familiar é crucial devido à complexidade das normas legais e fiscais envolvidas. Aqui estão os principais motivos:

  1. Conformidade Legal: Advogados especializados ajudam a garantir que a holding cumpra todas as leis aplicáveis, evitando riscos legais e penalidades.
  2. Planejamento Fiscal Eficiente: O suporte legal é vital para otimizar a estrutura fiscal da holding, minimizando a carga tributária durante a transferência de bens e na sucessão.
  3. Elaboração de Documentos: A criação de uma holding requer a elaboração precisa de documentos legais, como estatutos sociais e acordos de acionistas, que definem claramente a governança, os direitos e as responsabilidades dos envolvidos.
  4. Resolução de Conflitos: Advogados podem antecipar e resolver possíveis conflitos entre herdeiros, assegurando a estabilidade e continuidade da gestão do patrimônio.
  5. Suporte na Transferência de Bens: O processo de transferência de ativos para a holding deve ser realizado de forma legal para que seja válida e eficaz.

Portanto, o apoio jurídico não só facilita a correta implementação e manutenção da holding mas também protege os interesses da família a longo prazo.

Responsabilidades e assinaturas: quem opera a holding?

No contexto brasileiro, a gestão e as responsabilidades de quem opera uma holding familiar são regidas principalmente pelo Código Civil e, dependendo da forma jurídica da holding, pela Lei das Sociedades por Ações. Vejamos as disposições legais pertinentes:

Código Civil (Lei nº 10.406/2002)

  • Artigos 1.060 a 1.076: Estes artigos tratam das sociedades limitadas, detalhando as responsabilidades dos administradores, que incluem a gestão dos negócios da sociedade e a representação da sociedade perante terceiros. Eles devem agir dentro dos limites estabelecidos pelo contrato social.
  • Artigo 1.011: Especifica que os administradores devem utilizar seus poderes para realizar o objeto da sociedade, conforme estipulado no contrato social, e não podem ir além dos limites estabelecidos pela lei e pelo contrato.

Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976)

  • Artigos 142 a 158: Detalham as funções e deveres dos administradores em sociedades anônimas, incluindo diretores e membros do conselho de administração. Esses artigos abordam a necessidade de agir no melhor interesse da companhia e como gerir os assuntos corporativos de forma ética e em conformidade com a lei.
  • Artigo 153: Os administradores têm o dever de diligência, devendo atuar com o cuidado e a diligência que qualquer pessoa ativa e proativa usaria na administração dos seus próprios negócios.

Aspectos Gerais da Gestão

Independentemente da forma jurídica, os administradores têm a obrigação de manter registros precisos, cumprir com obrigações fiscais, e manter a integridade e confidencialidade das informações da holding. Eles também são responsáveis por assinar documentos oficiais, contratos e outros compromissos em nome da holding, garantindo que todas as ações estejam de acordo com o interesse dos sócios e dentro da legalidade.

Essas leis garantem que a gestão da holding seja conduzida com responsabilidade, protegendo os ativos e os interesses dos sócios e facilitando a sucessão patrimonial de maneira organizada e legal.

Diferenças cruciais entre holdings patrimoniais e familiares

As holdings patrimoniais e familiares servem a propósitos distintos e possuem características operacionais diferentes. Aqui está um breve resumo das diferenças cruciais entre as duas:

Holdings Patrimoniais

  1. Foco Principal: As holdings patrimoniais são criadas principalmente para gerenciar e proteger ativos tangíveis e intangíveis, como imóveis, participações em outras empresas e investimentos. O foco está na proteção dos ativos contra riscos legais e na otimização fiscal.
  2. Estrutura Jurídica: Geralmente operam como sociedades limitadas ou sociedades anônimas, com ênfase na eficiência fiscal e na proteção dos ativos.
  3. Gestão: A gestão pode ser feita tanto por membros da família quanto por gestores contratados, com o objetivo de maximizar o valor dos ativos.

Holdings Familiares

  1. Foco Principal: As holdings familiares são estabelecidas para gerenciar e preservar o patrimônio de uma família ao longo das gerações. Elas não só cuidam dos ativos, como também buscam facilitar o planejamento sucessório e manter o controle dos negócios dentro da família.
  2. Estrutura Jurídica: Frequentemente configuradas como sociedades limitadas, essas holdings são projetadas para facilitar a governança familiar e o planejamento sucessório, incorporando acordos que regulamentam a participação dos membros da família nos negócios e na gestão dos ativos.
  3. Gestão: A gestão é tipicamente realizada por membros da família, com estruturas estabelecidas para garantir a participação de várias gerações. Isso ajuda a manter a unidade familiar e a transmitir valores e objetivos familiares através das gerações.

Comparativo

Enquanto as holdings patrimoniais são mais focadas na eficiência operacional e proteção de ativos, as holdings familiares concentram-se na perenidade do patrimônio familiar, na transmissão de valores e na gestão de interesses de longo prazo da família. Ambos os tipos de holdings podem ser ferramentas valiosas, mas seus objetivos e estruturas são ajustados às necessidades específicas de seus criadores.

Explorando os Riscos de Holdings Familiares

Explorar os riscos associados às holdings familiares é essencial para qualquer família que considere essa estratégia de gestão patrimonial. Apesar de suas vantagens, as holdings familiares podem apresentar desafios e riscos que necessitam atenção cuidadosa para evitar complicações futuras.

Exclusão de herdeiros: é possível e como fazer?

Excluir herdeiros de uma holding familiar é uma questão delicada e envolve nuances legais significativas, especialmente considerando a legislação brasileira, que protege certos herdeiros de serem completamente deserdados. Aqui está uma visão geral sobre a possibilidade de exclusão de herdeiros e como isso pode ser feito legalmente:

Herdeiros Necessários

No Brasil, o Código Civil (Lei nº 10.406/2002) estabelece que certos herdeiros, chamados de herdeiros necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge), não podem ser excluídos da sucessão e têm direito a uma parte da herança, conhecida como legítima. A legítima corresponde a 50% do patrimônio do de cujus, sendo que o restante pode ser livremente disposto em testamento.

Exclusão por Deserdação

A exclusão de um herdeiro necessário só pode ocorrer através da deserdação, que deve ser expressamente declarada em testamento, com a devida justificativa baseada em motivos previstos por lei, como:

  • Ofensa física ou injúria grave;
  • Relação de injúrias graves pelo herdeiro;
  • Desamparo do testador em alienação mental ou grave enfermidade;
  • Desprezo ao testador;
  • Condenação por crime de homicídio ou tentativa contra a pessoa do transmitente.

Procedimento Legal

  1. Elaboração de Testamento: O testador deve expressar claramente a intenção de deserdar o herdeiro, mencionando explicitamente os motivos, que devem estar alinhados com os previstos pelo Código Civil.
  2. Validação Judicial: Após a morte do testador, a deserdação pode ser contestada judicialmente pelo herdeiro excluído. Neste caso, o juízo competente irá avaliar as justificativas apresentadas para a deserdação. Se os motivos não forem considerados válidos, a deserdação pode ser anulada, e o herdeiro poderá reivindicar sua parte legítima.
  3. Assessoria Jurídica: Devido à complexidade e às possíveis consequências legais, é crucial contar com o suporte de um advogado especializado em direito sucessório para garantir que todos os procedimentos sejam realizados corretamente e para defender a posição do testador em caso de disputas judiciais.

A exclusão de herdeiros necessários é um processo complexo e sensível, que deve ser abordado com cautela e respaldo legal adequado. É importante considerar não apenas as disposições legais, mas também as potenciais repercussões familiares e emocionais que tal decisão pode acarretar.

Governança e administração: quem deve gerenciar?

A governança e administração de uma holding familiar são cruciais para assegurar que os objetivos de longo prazo da família sejam atingidos e que o patrimônio seja gerido de forma eficiente e ética. A escolha de quem deve gerenciar a holding é uma decisão estratégica que deve equilibrar competência profissional e entendimento dos valores familiares.

Estruturas de Governança

1. Conselho de Administração: Um conselho formado por membros da família e, potencialmente, conselheiros externos independentes pode oferecer uma visão diversificada e profissional. Os membros externos trazem expertise e uma perspectiva objetiva, ajudando a família a evitar conflitos internos e a tomar decisões baseadas em práticas de mercado sólidas.

2. Diretoria Executiva: A diretoria executiva pode ser composta tanto por membros da família quanto por executivos contratados externamente. Executivos de fora da família podem ser particularmente úteis em famílias que não possuem membros com a formação ou experiência necessária para gerenciar grandes patrimônios ou empreendimentos complexos.

Considerações na Seleção

Competência Profissional: É essencial que os gestores, seja da família ou contratados, tenham as competências necessárias para administrar os ativos da holding. Isso inclui conhecimento em finanças, direito, gestão de negócios e outras áreas relevantes para as operações da holding.

Alinhamento com os Valores Familiares: Os gestores devem entender e respeitar os valores e a cultura da família. Isso é vital para manter a integridade da visão da família e garantir que as práticas de gestão reforcem esses princípios.

Estrutura de Responsabilidade: Independentemente de quem esteja na gestão, é importante estabelecer uma clara estrutura de responsabilidade e mecanismos de prestação de contas. Isso inclui relatórios regulares ao conselho, avaliações de desempenho e uma política transparente de tomada de decisões.

Implementação de Políticas Claras

Documentação e Acordos: Todas as políticas de governança e administração devem ser formalmente documentadas, incluindo o processo de tomada de decisão, a distribuição de lucros, e as diretrizes para a resolução de conflitos. Isso ajuda a prevenir mal-entendidos e disputas entre os membros da família.

Educação e Capacitação: Promover a educação e a capacitação contínua dos membros da família e dos gestores sobre governança e gestão financeira é também uma prática recomendada. Isso assegura que todos os envolvidos estejam aptos a contribuir eficazmente para a administração da holding.

Profissionais envolvidos: entre advogados e contadores, quem lidera?

Na administração de uma holding familiar, tanto advogados quanto contadores desempenham papéis vitais, cada um trazendo competências específicas que são fundamentais para o sucesso e a conformidade legal da holding. A liderança entre esses profissionais pode variar dependendo das necessidades específicas e da estrutura da holding. Aqui está um olhar detalhado sobre os papéis de cada um e como eles podem liderar em diferentes aspectos:

Papéis dos Advogados

1. Estruturação Legal: Advogados são essenciais na fase inicial de formação da holding. Eles ajudam a definir a estrutura jurídica mais adequada, preparar o contrato social ou o estatuto, e assegurar que todos os aspectos legais estejam em conformidade com as leis vigentes.

2. Governança Corporativa: Os advogados desempenham um papel crucial na implementação de práticas de governança corporativa, assegurando que a holding opere de forma ética e em conformidade com as leis. Isso inclui a redação de políticas internas, acordos de acionistas, e diretrizes para a resolução de disputas.

3. Planejamento Sucessório: Em holdings familiares, advogados especializados em direito sucessório podem liderar o processo de planejamento, estruturando mecanismos para a transferência eficiente de ativos e a continuidade do negócio.

Papéis dos Contadores

1. Gestão Financeira: Contadores são fundamentais para a gestão financeira da holding. Eles lideram a contabilidade, incluindo a preparação de demonstrações financeiras, monitoramento de fluxos de caixa, e administração fiscal.

2. Planejamento Tributário: Um dos maiores valores que os contadores trazem para uma holding é no planejamento tributário. Eles desenvolvem estratégias para minimizar a carga tributária, o que pode incluir a otimização de estruturas fiscais e a preparação para auditorias.

3. Compliance Fiscal: Contadores garantem que a holding esteja em conformidade com todas as obrigações fiscais, incluindo declarações de impostos e outras exigências regulatórias.

Quem Lidera?

A liderança entre advogados e contadores não é uma questão de quem é mais importante, mas de qual expertise é mais necessária em diferentes estágios ou aspectos da administração da holding. Em questões legais, governança, e planejamento sucessório, os advogados podem liderar. Em finanças, operações diárias e questões fiscais, os contadores podem estar à frente.

Colaboração é Chave

Na prática, a liderança efetiva de uma holding familiar muitas vezes vem da colaboração entre advogados e contadores. Eles trabalham juntos para assegurar que todos os aspectos legais, financeiros e fiscais da holding sejam geridos de forma integrada, proporcionando a melhor estrutura e operação possíveis para a holding.

Prevenindo conflitos e custos de inventário com a holding

Comparativo: vantagens e desvantagens

Processo e tempo necessário para estabelecer uma holding

Desvendando as Desvantagens

Identificando os candidatos ideais para uma holding

Implicações fiscais: ITBI e outras obrigações

Possibilidades de venda de imóveis e transferência de propriedade

Custos comparativos: holding familiar versus doação

Problemas frequentes em holdings e como resolvê-los

Quem pode e quem deve evitar participar de uma holding familiar?

Aspectos Financeiros de Holdings Familiares

Quem está qualificado para iniciar uma holding?

Requisitos e procedimentos essenciais

Investigando os honorários associados e outros custos

holding-patrimonial

Holding – O que é e para que serve?

Holding 

 

Qual origem do termo Holding

 

Holding é uma palavra de origem inglesa que pode referir-se ao gerúndio do verbo to hold ou aos substantivos land lease, fixação, rental, conservação, estate, session e capital placement. 

 

Em termos geográficos e econômicos, uma holding refere-se a vários desses significados e refere-se a uma combinação de empresas, uma das quais controla as outras por possuir parte ou a totalidade do capital que governa tais corporações.

 

O que é Holding

 

É, portanto, uma sociedade de gestão por ações (SGPS). Em outras palavras, uma empresa é criada com o objetivo de administrar – ou controlar – um grupo de empresas. Uma holding é uma empresa que detém a maioria das ações ou quotas de um grupo e, portanto, controla a tomada de decisão que determina a gestão de outras empresas.

 

As demais empresas que compõem a holding são denominadas controladas. No entanto, a holding detém um número de ações, o que confirma uma grande autonomia para intervir de forma decisiva na política e gestão geral das empresas. Este modelo de parceria empresarial visa melhor estruturar o capital das empresas participantes.

 

Para que serve Holding

 

A constituição de uma holding apresenta diversas vantagens que variam de acordo com a estratégia adotada.

 

Para que a holding seja efetiva e rentável, é fundamental ter em mente todas as possibilidades de utilização dessa ferramenta e, principalmente, quais são os objetivos de seus proprietários.

 

Geralmente, uma holding possui diversas vantagens – por exemplo, economia de impostos, planejamento sucessório, facilidade de declaração de IRPF, etc.

 

Os principais benefícios (e as verdadeiras respostas do “porquê”) seriam:

 

Economia no pagamento de impostos

A carga tributária é reduzida aqui (especialmente em comparação com pessoas físicas).

 

É por isso comum a constituição de participações imobiliárias com o objetivo de arrendar ou comprar e vender imóveis. Já que dessa forma a carga tributária é menor que a metade das operações realizadas por pessoas físicas.

 

Planejamento Imobiliário

Aqui temos a oportunidade de definir os critérios de herança em vida – o que evita disputas entre herdeiros e torna o processo mais econômico e rápido do que um inventário posterior.

 

Proteção de propriedade

Uma propriedade patriótica é mais vantajosa do que um testamento em termos de proteção de propriedade.

 

Além dos benefícios fiscais, não há limitação de “herança necessária” neste caso – um conceito legal segundo o qual o proprietário da propriedade enfrenta um limite de doação de 50% da herança.

 

A constituição e gestão de uma holding envolve instrumentos de controle como um acordo de acionistas ou um usufruto em favor do patrimônio do fundador, que é um direito real vitalício que não pode ser confiscado.

 

Preservação da sociedade

As melhores práticas comuns de governança da holding aumentam o valor do negócio, pois criam transparência e clareza nos critérios de governança.

Como também no caso de uma holding de imoveis para administração de bens próprios, é muito mais facil de vender, porque se vende a AÇÃO, tem maior liquidez no mercado.

Sinergia entre as empresas do grupo

Em alguns casos, havendo duas ou mais empresas operadoras, sua união sob a égide de um grupo econômico possibilita certas práticas de gestão que reduzem significativamente os custos operacionais da administração.

Além disso, facilita o acesso ao capital a um custo menor, pois aumenta a taxa de garantias dos credores.

São soluções pré-montadas que só podem ser customizadas, gerando economia de tempo e eficiência na construção da estrutura, garantindo agilidade e rapidez na sua montagem, além de permitir a customização e exclusividade típicas desse tipo de serviço.

holding

Tipos de Holding

Os interessados ​​em constituir uma holding podem optar entre tratar apenas da gestão ou incluir atividades empresariais em seu escopo. Então você pode escolher entre duas opções:

posse limpa

A única atividade da empresa é a gestão das demais organizações do grupo.

exploração mista

Atuar como administrador e continuar a realizar atividades comerciais.

Uma vez selecionada a modalidade, o empreendedor pode optar por uma das categorias

exploração administrativa

Esse modelo é utilizado por quem deseja formalizar a gestão de um grupo de empresas de propriedade de pessoas físicas. Isso significa que ele substitui legalmente os sócios e passa a ter o poder de tomar decisões importantes pela empresa sem a intervenção de terceiros.

Uma das vantagens da constituição de uma holding administrativa é a proteção da identidade dos sócios, uma vez que os dados pessoais não constarão dos estatutos registados na OR.

HOLDING

É aquele que centraliza a gestão das empresas que possuem empresa própria. Nesse caso, a holding é responsável por responder aos acionistas minoritários quando eles não querem se envolver no negócio.

A holding atua apenas como administradora e geralmente conta com especialistas  em gestão que irão definir estratégias, implementar planos e tomar decisões de acordo com o cenário econômico.

Fazenda da família

Um modelo ideal para formalizar o processo de sucessão patrimonial e de partilha de bens entre herdeiros, permitindo que os bens dos sócios – inscritos como pessoas físicas – sejam reunidos sob uma única administração, resultando em redução de impostos. É uma alternativa legal do ponto de vista jurídico para evitar a tributação de grandes patrimônios.

A holding familiar garante ainda a possibilidade de exclusão dos cônjuges da participação no patrimônio e garante a integridade do patrimônio em caso de separação. Além disso, mudanças relacionadas à holding devem ser aprovadas por todos os membros, evitando conflitos de interesse.

Equidade

Esse modelo tem sido adotado por famílias que pretendem preservar seu patrimônio e, por isso, realizam poucas ou nenhuma transações de compra e venda de imóveis. Com os bens protegidos, a holding pode incluir na lista de bens administrados, entre outros, os valores de aluguéis recebidos pelo grupo, aplicações financeiras. Se for uma empresa mista, ainda existe a possibilidade de aumentar o número de imóveis.

Entre as vantagens da titularidade patrimonial está a possibilidade de prever a distribuição da herança, uma vez que a partilha, realizada por meio de cotas, é previamente definida no contrato social firmado quando da constituição da empresa. Além de tornar o processo de divisão quase automático, a posse também evita possíveis desentendimentos entre os familiares e dispensa o inventário.

Holding de derivativos

Nesse caso, a administradora é uma empresa que já existia formalmente, atuava no mercado e foi transformada em holding. Na transação, os ativos são incorporados ao grupo. Isso significa que, se tiverem um valor alto, beneficiarão outras empresas.

Essa é uma modalidade que requer menos capital inicial porque a estrutura já está criada e requer uma alteração contratual.

Independente do modelo ou categoria, é aconselhável procurar um especialista que entenda de holdings para fazer um estudo de viabilidade e auxiliar na criação de uma administradora.

Planejamento sucessório familiar

Cria-se uma holding familiar mediante a integralização dos bens do patriarca no capital social da pessoa jurídica familiar, para que posteriormente os bens sejam divididos por meio da doação de ações aos herdeiros. 

Os patriarcas aparecerão como beneficiários e administradores da sociedade e terão controle total sobre o patrimônio. Antes da herança, porém, é como se a doação não tivesse ocorrido, pois os herdeiros só serão titulares das quotas societárias adquiridas por meio da doação. 

O planejamento sucessório desenvolvido por meio da constituição de uma Holding Patrimonial trará uma série de vantagens na área familiar, evitará o desperdício de patrimônio, reduzirá custos, litígios e desacelerará o processo de inventário, que, devido ao patrimônio inventariado, pode se arrastar por anos em justiça.

Diante disso, são diversas as vantagens em se constituir uma holding familiar, como a possibilidade de realizar o planejamento patrimonial e sucessório, principalmente em relação ao inventário tradicional, pois a instituição de uma holding familiar pode ser considerada uma forma muito mais eficaz de proteção patrimônio em relação à herança causa mortis, principalmente em relação aos aspectos tributários que sempre trazem preocupações na hora da herança.

Holding familiar inventário

A holding familiar é uma ferramenta para implementar o planejamento sucessório familiar em vida, você sabia?

Após a morte de um familiar, surgem uma série de obrigações e direitos que os herdeiros devem cumprir. Em muitos casos, trata-se de dívidas não pagas, bens existentes que precisam ser divididos entre os sucessores e afins.

Além de tudo isso, é necessário pagar despesas e impostos pelo inventário e distribuição de qualquer bem móvel ou imóvel.

O planejamento sucessório é, portanto, uma forma de minimizar tamanha burocracia, gastos e principalmente conflitos entre herdeiros. E como esse planejamento pode ser feito?

Existem várias maneiras de organizar a herança em vida, mas deve-se ter cuidado para não violar a disposição estatutária relativa à parte dos herdeiros legítimos. E, nesse sentido, a holding familiar é uma ótima ferramenta porque permite que uma pessoa, ainda em vida, organize e determine como o patrimônio será partilhado quando ocorrer a morte.

Tendo em vista todos esses aspectos, é recomendável que todas as pessoas que desejam se proteger, proteger o patrimônio, reduzir custos e conflitos entre herdeiros pensem em constituir uma holding familiar.

Em outras palavras, é recomendado para todos. No entanto, existem situações que ficam bastante implícitas, como no caso de uma família que possui bens com muitos imóveis e imóveis de alto valor. Esses são os casos em que a criação de uma holding familiar é mais sugerida.

Vantagens de ter uma holding familiar

As principais vantagens de constituir uma holding familiar são:

  • redução da carga tributária após a morte;
  • prevenir conflitos entre herdeiros;
  • minimização da burocracia com abertura de estoque;
  • proteção de propriedade;
  • facilidade de gerir um negócio – quando há um contexto de empresas familiares.

Porém, existem alguns tipos de empresas, e não apenas a empresa familiar, como mencionado anteriormente, que é o caso da holding administrativa, da participação. Isso significa que nem sempre a holding será uma ferramenta de gestão patrimonial no aspecto familiar.

Cada fase inclui orientações e atividades importantíssimas, pois cada detalhe se torna necessário para a respectiva justiça, para a definição de estratégias e para a busca dos melhores recursos e amparo jurídico e tributário.

Como criar uma holding

Passo #1 – Analise o patrimônio envolvido

O primeiro passo necessário para constituir sua holding é realizar uma análise do patrimônio dos fundadores e beneficiários.

Nesta fase, são definidas as principais estratégias das ações que serão implementadas na holding.

Lembramos que isso também requer uma análise do número total de pessoas jurídicas que formarão a empresa.

Essa fase é feita por meio da coleta de dados dos negócios e partes interessadas para criar o melhor modelo de negócios para a holding.

Etapa nº 2 – conduzindo uma entrevista preliminar com os parceiros

Com o primeiro passo dado, é hora de definir a melhor estratégia de abertura de sua holding para evitar conflitos futuros e garantir que o planejamento sucessório seja feito em harmonia com o envolvimento de todos os envolvidos.

Neste ponto, é importante ter uma conversa com cada parceiro para manter as expectativas de todos alinhadas.

Passo #3 – planejamento tributário e definição dos tipos de empresa

Ajuste suas perspectivas com seus sócios e o respectivo capital e, finalmente, você precisa definir o tipo de empresa e o melhor regime tributário para a holding.

Isso ajuda a garantir uma melhor carga tributária quando se trata da própria empresa e dos negócios por ela controlados.

Passo #4 – prepare documentação e registros com as autoridades competentes

Com o tipo de empresa e o regime tributário definidos, o próximo passo é preparar toda a documentação necessária.

Essa etapa inclui o contrato social da sua holding, além do pedido de registro junto aos órgãos competentes, que podem variar de estado para estado.

Nesta fase, também ocorre a transferência de bens de pessoas físicas para pessoas jurídicas, o que condiciona a blindagem patrimonial.

Etapa # 5 – Implemente um acordo de acionistas, fideicomisso ou usufruto

Antes de efetuar a transferência de titularidade de todas as quotas e respectivas cotas, é necessário que estejam muito bem definidos os critérios para a gestão da holding junto ao criador do patrimônio em vida.

 

  • Primeiro, com uma holding, como pessoa jurídica, você pode administrar melhor seus ativos para que possa segurá-los adequadamente.
  • Também é possível realizar o planejamento sucessório, evitando conflitos e problemas familiares (em casos de holding familiar).
  • Ele permite que você fortaleça a natureza e as finanças do seu negócio.

Advogado Online