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Como Lidar com Violência Doméstica no Ambiente de Trabalho

A violência doméstica é uma realidade que, infelizmente, pode se estender para o ambiente de trabalho, afetando não apenas a vítima, mas também a dinâmica da equipe e a produtividade da empresa. Neste guia completo, abordaremos como lidar com casos de violência doméstica no ambiente laboral, destacando as obrigações do empregador e as melhores práticas para apoiar as vítimas. Você aprenderá a identificar sinais de violência doméstica no trabalho, um passo crucial para a intervenção adequada. Além disso, discutiremos os direitos da vítima, esclarecendo o que a legislação garante no contexto laboral. Também exploraremos como criar um ambiente de trabalho seguro e acolhedor, onde todos os colaboradores se sintam protegidos e respeitados. Por fim, enfatizaremos a importância do treinamento de funcionários sobre o tema, uma ferramenta essencial para promover a conscientização e a empatia no local de trabalho. Ao final deste artigo, você estará mais preparado para enfrentar essa questão delicada e contribuir para um ambiente de trabalho mais seguro e solidário.

Como identificar sinais de violência doméstica no trabalho

Reconhecendo Sinais de Violência Doméstica no Ambiente de Trabalho

A violência doméstica é um problema social que transcende as fronteiras do lar, refletindo-se também no ambiente de trabalho. Identificar sinais de que um colaborador pode estar enfrentando essa situação é crucial para a promoção de um ambiente seguro e saudável.

Compreendendo a Violência Doméstica

A violência doméstica não se limita a agressões físicas; ela pode incluir abuso emocional, psicológico e financeiro. Reconhecer esses diferentes tipos de violência é o primeiro passo para ajudar as vítimas. No ambiente de trabalho, isso pode se manifestar através de mudanças no comportamento, como isolamento social, diminuição da produtividade e aumento de faltas.

Sinais Comuns de Alerta

Os sinais de que um funcionário pode estar enfrentando violência doméstica incluem:

– Mudanças Comportamentais: Alterações no humor, como irritabilidade ou tristeza, podem indicar problemas pessoais.
– Aparência Física: Lesões visíveis ou descuido com a aparência podem ser indicativos de abuso.
– Isolamento Social: Funcionários que se afastam de colegas ou evitam interações sociais podem estar lidando com situações difíceis em casa.
– Desempenho Profissional: Queda na qualidade do trabalho, atrasos frequentes ou faltas podem ser sinais de que algo não está bem.

Importância da Sensibilização no Local de Trabalho

Empresas devem promover a conscientização sobre a violência doméstica, oferecendo treinamentos e recursos para que os colaboradores saibam como identificar e agir diante de situações suspeitas. A criação de um ambiente de apoio, onde os funcionários se sintam seguros para compartilhar suas experiências, é fundamental.

Como Proceder ao Identificar Sinais de Violência

Se um colaborador demonstrar sinais de estar enfrentando violência doméstica, é importante agir com empatia e discrição. Conversas privadas, onde o funcionário se sinta seguro para falar, são essenciais. Além disso, fornecer informações sobre recursos disponíveis, como serviços de apoio psicológico e jurídico, pode ser um passo importante.

A Importância de Advogados Especializados

Advogados especializados em violência doméstica desempenham um papel vital na proteção dos direitos das vítimas. Eles podem orientar sobre medidas protetivas, processos legais e recursos disponíveis, garantindo que as vítimas tenham acesso à justiça e apoio necessário. A atuação de profissionais capacitados é fundamental para que as vítimas possam reconstruir suas vidas e se libertar de ciclos de violência.

Reconhecer e agir diante dos sinais de violência doméstica no ambiente de trabalho não é apenas uma responsabilidade social, mas também uma obrigação legal das empresas, que devem garantir um espaço seguro para todos os colaboradores.

Direitos da vítima: o que a lei garante no ambiente laboral

Proteção Legal às Vítimas de Violência no Ambiente de Trabalho: Direitos e Garantias

A legislação brasileira assegura direitos fundamentais às vítimas de violência no ambiente laboral, especialmente em casos de violência doméstica. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é um marco nesse contexto, proporcionando proteção e assistência às mulheres em situação de violência. No ambiente de trabalho, essa proteção se estende a diversas garantias que visam assegurar a dignidade e a segurança da vítima.

Direitos Fundamentais das Vítimas

As vítimas de violência têm direito a um ambiente de trabalho seguro e livre de assédio. Isso inclui a possibilidade de solicitar medidas protetivas, como o afastamento do agressor e a alteração de turnos ou local de trabalho, sem prejuízo de suas funções. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) também prevê a proteção contra demissões arbitrárias, garantindo que a vítima não seja penalizada por sua condição.

Acesso à Justiça e Assistência Jurídica

O acesso à justiça é um direito inalienável. As vítimas podem buscar apoio em delegacias especializadas, onde são orientadas sobre como proceder legalmente. Além disso, a assistência jurídica gratuita é garantida pela Defensoria Pública, que atua em defesa dos direitos das vítimas, facilitando o acesso a medidas protetivas e ações judiciais.

Reparação e Indenização

A legislação também prevê a possibilidade de reparação por danos morais e materiais. A vítima pode reivindicar indenização em decorrência da violência sofrida, que pode incluir a perda de salários, despesas médicas e danos psicológicos. A jurisprudência tem se mostrado favorável à reparação, reconhecendo o impacto da violência no ambiente de trabalho.

Importância da Rede de Apoio

A criação de uma rede de apoio é fundamental para a recuperação da vítima. Empresas devem implementar políticas de prevenção e combate à violência, promovendo treinamentos e campanhas de conscientização. A atuação de psicólogos e assistentes sociais no ambiente de trabalho pode ser um diferencial na assistência às vítimas.

A importância de advogados especializados não pode ser subestimada. Profissionais com experiência em casos de violência doméstica e assédio no trabalho são essenciais para garantir que os direitos das vítimas sejam respeitados e que elas recebam a proteção necessária. A orientação jurídica adequada pode fazer a diferença na busca por justiça e na reconstrução da vida da vítima.

Como criar um ambiente de trabalho seguro e acolhedor

Ambiente de Trabalho Seguro e Acolhedor: Estratégias Jurídicas e Práticas

A criação de um ambiente de trabalho seguro e acolhedor é uma responsabilidade fundamental das empresas, especialmente no contexto da legislação brasileira que visa proteger os direitos dos trabalhadores. A Lei nº 13.467/2017, conhecida como Reforma Trabalhista, trouxe importantes mudanças, mas a proteção ao trabalhador continua sendo um pilar essencial.

Identificação e Prevenção da Violência no Trabalho

A violência no ambiente de trabalho, incluindo a violência doméstica que pode se refletir no cotidiano do colaborador, deve ser abordada com seriedade. As empresas devem implementar políticas de prevenção, como treinamentos e campanhas de conscientização, para identificar sinais de violência e oferecer suporte adequado. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é um exemplo de norma que pode ser utilizada para orientar ações de proteção às vítimas.

Medidas Protetivas e Suporte Psicológico

É crucial que as organizações ofereçam suporte psicológico às vítimas de violência. A implementação de programas de assistência psicológica pode ajudar a criar um ambiente mais acolhedor. Além disso, as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha devem ser respeitadas e integradas nas políticas internas da empresa, garantindo que as vítimas tenham um espaço seguro para relatar suas experiências.

Criação de Canais de Denúncia e Comunicação Aberta

Estabelecer canais de denúncia anônimos e seguros é uma estratégia eficaz para que os colaboradores se sintam à vontade para relatar situações de violência. A comunicação aberta entre a gestão e os funcionários é essencial para a construção de um ambiente de confiança. A empresa deve garantir que não haverá retaliações contra aqueles que denunciarem comportamentos inadequados.

Treinamento e Capacitação de Líderes

Os líderes e gestores devem ser capacitados para lidar com questões de violência e assédio no ambiente de trabalho. A formação em direitos humanos e legislação trabalhista é fundamental para que possam agir de forma adequada e sensível. Isso não apenas protege os colaboradores, mas também fortalece a cultura organizacional.

Importância da Assessoria Jurídica Especializada

A atuação de advogados especializados é crucial para garantir que as políticas de segurança e acolhimento estejam em conformidade com a legislação vigente. Esses profissionais podem auxiliar na elaboração de normas internas, na condução de treinamentos e na implementação de medidas protetivas. Além disso, a assessoria jurídica é fundamental para orientar as empresas em casos de denúncias e garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados.

A construção de um ambiente de trabalho seguro e acolhedor não é apenas uma obrigação legal, mas também uma responsabilidade ética das empresas. Ao adotar essas práticas, as organizações não apenas protegem seus colaboradores, mas também promovem um ambiente mais produtivo e saudável.

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Como Lidar com Violência Doméstica no Ambiente de Trabalho

A violência doméstica é uma realidade que, muitas vezes, se estende além das paredes do lar, impactando diretamente o ambiente de trabalho. Este artigo se propõe a explorar como lidar com essa questão delicada e urgente, oferecendo um guia prático para empregadores e colegas de trabalho. Vamos abordar como identificar sinais de violência doméstica no trabalho, garantindo que todos estejam atentos e preparados para agir. Além disso, discutiremos os direitos da vítima, destacando o que a legislação garante no ambiente laboral e como isso pode ser um suporte crucial para quem sofre essa violência. A importância do treinamento para gerenciar a situação será enfatizada, pois capacitar a equipe é fundamental para criar um ambiente seguro e acolhedor. Por fim, apresentaremos estratégias de apoio que colegas podem adotar para ajudar a vítima, promovendo um clima de solidariedade e empatia. Ao final deste artigo, você estará mais preparado para reconhecer e agir diante de situações de violência doméstica no trabalho, contribuindo para um ambiente mais seguro e humano.

Como identificar sinais de violência doméstica no trabalho

Reconhecendo Sinais de Violência Doméstica no Ambiente de Trabalho

A violência doméstica é um problema social que se reflete em diversos contextos, incluindo o ambiente de trabalho. Identificar sinais de que um colega pode estar enfrentando essa situação é crucial para oferecer apoio e garantir um ambiente seguro.

Comportamentos Alterados

Um dos primeiros sinais que podem indicar violência doméstica é a mudança no comportamento do funcionário. Isso pode incluir isolamento social, falta de concentração, aumento de faltas ao trabalho ou mudanças bruscas de humor. Esses comportamentos podem ser indicativos de estresse emocional e físico, resultantes de situações de abuso.

Lesões Visíveis

Lesões físicas, como hematomas ou cortes, podem ser um sinal claro de violência. Embora nem sempre sejam visíveis, é importante estar atento a qualquer explicação que pareça inconsistente ou evasiva. A vítima pode relutar em compartilhar a verdadeira origem das lesões devido ao medo ou à vergonha.

Desempenho Profissional Comprometido

Funcionários que sofrem violência doméstica frequentemente apresentam um desempenho profissional abaixo do esperado. Isso pode se manifestar em atrasos, erros frequentes ou falta de motivação. A pressão emocional pode dificultar a capacidade de se concentrar nas tarefas diárias.

Relatos de Medo ou Ansiedade

Se um colega expressa medo constante de voltar para casa ou menciona um parceiro controlador, isso pode ser um sinal de que está vivendo uma situação de violência. Conversas sobre a necessidade de “fugir” de casa ou de um relacionamento tóxico também são indicativas.

Rede de Apoio

É fundamental que o ambiente de trabalho promova uma cultura de apoio e respeito. Incentivar a comunicação aberta pode ajudar as vítimas a se sentirem mais à vontade para compartilhar suas experiências. Programas de assistência ao empregado (PAE) podem ser uma ferramenta valiosa nesse contexto.

Legislação e Proteção

A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) é um marco na proteção das vítimas de violência doméstica no Brasil. Ela prevê medidas protetivas que podem ser acionadas, e é importante que as empresas estejam cientes de suas responsabilidades em apoiar funcionários que possam ser vítimas. Isso inclui a possibilidade de licença para tratamento e apoio psicológico.

Identificar sinais de violência doméstica no trabalho é um passo importante para garantir a segurança e o bem-estar dos colaboradores. A conscientização e a empatia são essenciais para criar um ambiente de trabalho onde todos se sintam seguros e apoiados. O papel da empresa é fundamental na prevenção e no suporte a essas situações, promovendo um espaço de acolhimento e proteção.

Direitos da vítima: o que a lei garante no ambiente laboral

Proteção Legal das Vítimas no Ambiente de Trabalho: Direitos e Garantias

A legislação brasileira assegura diversos direitos às vítimas de violência, incluindo aquelas que enfrentam situações de violência doméstica, mesmo no ambiente laboral. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006) são fundamentais nesse contexto, pois garantem proteção e suporte às vítimas.

Direito à Licença para Acompanhamento de Tratamento

Uma das garantias importantes é o direito à licença para tratamento de saúde. A vítima de violência doméstica pode solicitar afastamento do trabalho para se recuperar de lesões físicas ou psicológicas. Essa licença deve ser acompanhada de atestado médico e pode ser concedida por um período que varia conforme a necessidade do tratamento.

Medidas Protetivas e o Ambiente de Trabalho

As medidas protetivas, previstas na Lei Maria da Penha, podem ser estendidas ao ambiente de trabalho. Isso significa que a vítima pode solicitar ao juiz que determine a proibição de aproximação do agressor em seu local de trabalho. Essa medida é essencial para garantir a segurança da vítima e permitir que ela exerça suas atividades laborais sem medo.

Direito à Reintegração e Indenização

Caso a vítima tenha sido demitida em decorrência da violência sofrida, ela pode reivindicar a reintegração ao emprego ou, se isso não for possível, uma indenização por danos morais e materiais. A Justiça do Trabalho tem reconhecido a relação entre a violência doméstica e a capacidade de trabalho, considerando que a demissão pode ser considerada discriminatória.

Treinamento e Sensibilização no Ambiente Corporativo

As empresas também têm um papel crucial na proteção das vítimas. A implementação de programas de treinamento e sensibilização sobre violência doméstica pode ajudar a criar um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor. Isso inclui a capacitação de gestores e colegas para identificar sinais de violência e oferecer apoio às vítimas.

Rede de Apoio e Recursos Disponíveis

Além das medidas legais, é fundamental que as vítimas tenham acesso a uma rede de apoio. Isso pode incluir serviços de assistência psicológica, jurídica e social. As empresas devem facilitar o acesso a esses recursos, promovendo um ambiente que encoraje a denúncia e o suporte às vítimas.

A proteção das vítimas de violência no ambiente de trabalho é um tema que demanda atenção e ação efetiva. A legislação brasileira oferece um arcabouço jurídico robusto, mas a implementação dessas medidas depende da conscientização e do comprometimento de todos os envolvidos, desde o Estado até as empresas e a sociedade civil. É essencial que as vítimas conheçam seus direitos e busquem apoio para garantir sua segurança e dignidade no ambiente laboral.

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Assédio Moral

Descubra tudo sobre assédio moral no trabalho: como identificar, direitos do trabalhador, e ações legais para combater essa prática abusiva. Saiba como proteger sua saúde mental e jurídica!

A violência no local de trabalho não é novidade, mas uma preocupação mais recente, tanto doutrinária quanto judicial, é o conceito preciso de caráter e a observação de elementos proeminentes do psicoterror no trabalho. De modo que o assédio moral foi considerado como uma violência especial de natureza extraordinária, os tribunais também o enfrentaram. 

 

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Além da individualização da figura, existe uma preocupação universal com a principal consequência do terrorismo psicológico, ou seja, a agressão à saúde mental e física da vítima, que pode ir da depressão ao suicídio. 

A constante exposição de um empregado a ocasiões degradantes pode até ser o motivo de sua incapacidade para o trabalho.

Embora o tópico seja  amplamente discutido, muitas pessoas não estão cientes do assédio moral ou têm uma  compreensão parcial ou equivocada do que  é assédio moral. 

O objetivo desta publicação é conscientizar o leitor sobre o assunto a partir de perspectivas diferentes. 

Exemplos práticos mostram situações que configuram assédio moral e listam as possíveis causas e consequências desse comportamento. 

Também são apresentadas medidas de prevenção e batalha contra o assédio moral para transformar a área de trabalho mais positiva. 

Apesar da avaliação atual do bem-estar dos funcionários, o assédio moral ainda é uma situação desagradável comum vivenciada por muitos funcionários. 

Confusão, humilhação e insulto são alguns dos exemplos mais comuns. 

Existe hoje uma classificação para identificar diferentes tipos de assédio moral no trabalho, para que as atitudes desagradáveis ​​sejam devidamente punidas e as vítimas possam ser adequadamente amparadas. 

Veja neste artigo quais atitudes  caracterizam  assédio moral.

O que é assédio moral?

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Assédio moral é toda conduta de comportamento abusivo de modo frequente e intencional praticada pelo empregador, chefe ou qualquer superior hierárquico.

O assédio moral também poderá vir de colegas de trabalho por meio de ações repetitivas para atingir a moral, dignidade e autoestima da vítima sem qualquer motivo.

Geralmente, o assédio moral acontece para incentivar a vítima a pedir demissão, mas, o resultado mais comum, são os danos físicos, psicológicos e morais.

Muita gente tem dificuldade de identificar quando acontece o assédio moral, pois, geralmente, as humilhações, brincadeiras e rebaixamentos são feitos de forma velada, o que impede a vítima de se defender.

Por este motivo, deixamos alguns itens de exemplos abaixo para que seja mais fácil reconhecer quando ocorre o assédio moral:

  • Adotar condutas ou sinais que evidenciem aversão (suspiros, olhares, levantar de ombros, risos.);
  • Ameaçar com violência física;
  • Atribuir demandas contraditórias;
  • Contestar, a todo momento, as decisões do indivíduo;
  • Criticar constantemente o serviço do indivíduo, de forma infundada ou demasiada;
  • Desconsiderar ou ironizar as conceitos da vítima;
  • Desconsiderar recomendações médicas às gestantes na repartição de afazeres;
  • Desconsiderar seus problemas de saúde;
  • Divulgar dados particulares sobre o estado de saúde do indivíduo para outros elementos do grupo;
  • Espalhar mentiras sobre a vítima;
  • Evitar a comunicação direta com a vítima: a comunicação ocorre apenas por e-mail, bilhetes ou terceiros;
  • Falar com a vítima aos gritos;
  • Ignorar, deliberadamente, a presença da pessoa ou não a cumprimentar;
  • Impedir ou dificultar eventual promoção de pessoa assediada;
  • Impor níveis e normas de trabalho personalizadas, dessemelhantes das que são recebidas pelas demais pessoas do grupo, mais adversas ou mesmo inúteis;
  • Insinuar que a vítima tem distúrbios psicológicos;
  • Interferir no plano familiar das mulheres, determinando que não engravidem;
  • Isolar fisicamente a pessoa da área de trabalho, tornando difícil a comunicação com os demais indivíduos da equipe;
  • Limitar o número de vezes e monitorar o momento de duração no banheiro;
  • Não atribuir atividades à pessoa, deixando-a sem quaisquer afazeres a desempenhar, provocando sensação de inutilidade e incompetência;
  • Não transmitir notificações importantes para concretização do afazeres ou levar a vítima a errar;
  • Passar tarefas humilhantes;
  • Privar a pessoa de permissão aos utensílios indispensáveis para a concretização do seus afazeres;
  • Proibi-la de falar com os outros;
  • Realizar a escuta de ligações telefônicas, e-mails ou correspondências;
  • Realizar julgamentos hostis sobre sua competência profissional;
  • Vigiar apenas a vítima.

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Por mais que muita gente ainda inferiorize o assédio moral, o ato é considerado crime e podem trazer consequências catastróficas na vida de alguém que passa por esse mal:

  • Físicas: cansaço exagerado, perda de peso ou ganho excessivo, insônia, alterações do sono, aumento da pressão arterial, tremores, palpitações, diminuição da libido, redução na capacidade de concentração e memorização, dores de cabeça, distúrbios digestivos;
  • Profissionais: redução na capacidade de concentração, erros no cumprimento de atividades, intolerância e reações extremadas às ordens dos superiores hierárquicos;
  • Psicológicas: depressão, angústia, tristeza, vergonha, crises de choro, culpa, baixa autoestima, irritação constante, isolamento, pensamentos suicidas.
  • Sociais: dificuldade de se relacionar, degradação do ambiente familiar.

Da mesma forma, é de bom grado que o indivíduo saiba o que pode não ser assédio moral para que possa distinguir o que é genuinamente o estágio do poder hierárquico que compete aos gestores da companhia.

Há situações que, apesar de serem consideradas violências no área de trabalho, não podem ser classificadas como assédio moral

Para que atos sejam considerados assédio moral precisam acontecer repetidas vezes ao extenso tempo a um indivíduo ou grupo específico para ofender ou prejudicar.

Atos isolados, tais como conflitos, discussões, um grito, ou mesmo um xingamento não configuram o assédio moral, mesmo que possam provocar dano moral. 

As exigências à produtividade e a veneração às cláusulas vigentes, stress motivado por períodos de picos de afazeres, também não são estimados assédio moral.

Quais são os tipos de assédio moral?

O assédio moral pode ser classificado em 5 (cinco) tipos:

  • Assédio moral horizontal

O assédio moral horizontal ocorre quando o assediador está no mesmo nível de hierarquia da vítima, onde começa uma onda de ataques por competição obsessiva.

A forma de assédio moral horizontal acontece quando o assediador promove uma liderança negativa perante os funcionários, especialmente, aqueles que fazem intimidação contra a vítima.

É uma conduta muito similar ao chamado bullying (atos de agressão e intimidações repetitivas contra um indivíduo que não é aceito por um grupo) pela preferência por pessoas vulneráveis.

  • Assédio moral institucional

O assédio moral institucional ocorre quando a organização incentiva ou tolera atos de assédio e, para piorar a situação, geralmente, a própria pessoa jurídica é autora da agressão utilizando de estratégias organizacionais desumanas em prol da produtividade.

Essas organizações acabam criando a chamada “cultura institucional de humilhação e controle” o que resulta no crime de assédio moral.

  • Assédio moral interpessoal

O assédio moral interpessoal é o mais conhecido é um dos mais comuns, pois acontece entre pessoas direta, individual e pessoal.

A intenção do assediador é prejudicar ou eliminar a vítima da equipe de trabalho, escola ou qualquer outro ambiente.

  • Assédio moral misto

O assédio moral misto é literalmente a mistura do assédio moral vertical e do horizontal: a vítima é assediada tanto por superiores hierárquicos quanto por colegas de trabalho.

Geralmente, o assédio moral misto começa com 1 (um) agressor que incentiva as demais pessoas da empresa seguir o mesmo comportamento.

  • Assédio moral vertical

O assédio moral vertical acontece entre pessoas de nível hierárquico diferentes, tais como chefes, funcionários etc., e é subdividido em mais dois tipos:

  • Descendente: este tipo de assédio acontece pela pressão do chefe aos seus funcionários que se aproveita de sua condição de autoridade e coloca os subordinados em situações desconfortáveis como mandar o funcionário fazer algum serviço fora de sua qualificação e puni-lo ao cometer algum erro.
  • Ascendente: este tipo de assédio acontece quando um ou mais funcionários pratica atos contra seu chefe ao causar constrangimentos por diversos interesses, tais como “boicotar” um novo gestor, indiretas e chantagens por alguma promoção.

Qual é a diferença entre preconceito e assédio moral?

A discriminação no trabalho ou o preconceito pode ser facilmente confundida com assédio moral. Mas, para que saibamos diferenciá-lo, nada melhor do que saber suas características.

Discriminação no trabalho é a distinção exclusão, restrição ou preferência com base em sexo, gênero, orientação sexual, crença religiosa, convicção filosófica ou política, cor, raça ou deficiência.

A maior intenção para que alguém cometa o crime de discriminação no trabalho é anular ou restringir o gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais.

Podemos dar como exemplos as seguintes situações em que é configurado a discriminação no trabalho:

  • Agredir alguém física ou verbalmente em razão de sua cor, raça, sexo, orientação sexual ou política, e no fato de mulheres, em virtude de estar gestante;
  • Excluir ou evitar o contato com pessoas com deficiência;
  • Expor gestantes a ocorrências constrangedoras, intimidadoras ou mortificadas no motivo de abuso de poder por parte do superior hierárquico;
  • Não promover ou exonerar de cargos de direção mulheres no pretexto de gravidez e da licença maternidade;
  • Não promover uma pessoa pelo motivo de sua cor, sexo, raça ou deficiência;
  • Permitir cursos de aprimoramento preferencialmente aos homens em detrimento das mulheres;
  • Preterir ou desclassificar, em razão da idade ou sexo, uma pessoa que se encontra devidamente qualificada para desempenhar uma posição de gestão;
  • Proibir o acesso a algum lugar, com o motivo de cor, raça, sexo, gênero ou crença religiosa;
  • Segregar indivíduos com doenças, especialmente as crônicas, como HIV.

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Da mesma forma, também devemos ficar de olho no comportamento do agressor que pode ser:

  • Bropriating: homens que se apropriam. Ocorre quando um homem se apropria da ideia de uma mulher, e leva os créditos no lugar dela;
  • Gaslighting: corresponde à violência emocional por meio da manipulação
  • Mansplaining: homens que explicam. Ocorre quando um homem desmerece o conhecimento de uma mulher, e dedica seu tempo para explicar algo que lhe é óbvio, como se a mulher não fosse capaz de compreender em virtude de sua condição feminina;
  • Manterrupting: homens que interrompem. Ocorre de forma mais frequente em reuniões, palestras, debates em que as mulheres não conseguem finalizar suas ideias em virtude de interrupções desnecessárias feitas por homens;
  • psicológica, que leva a mulher e todos ao seu redor a acharem que ela enlouqueceu ou é incapaz. Segundo Ligouri (2015), consiste numa manipulação da vítima, com distorção ou mesmo ocultação de informações, com o intuito de favorecer o abusador.

Como devo proceder em caso de assédio moral? 

Se você identificar que está passando por assédio moral, não se cale: denuncie o agressor!

Para isso, comece com atitudes simples como:

  • Conversar com o agressor (acompanhado de alguém de confiança) e dizer como se sente com sua postura;
  • Procurar ajuda ou estratégias em grupos para conseguir enfrentar o problema com mais vigor;
  • Procurar suporte emocional com amigos, familiares, colegas e até especialistas como psicólogos entre outras assistências;
  • Relatar as agressões na Ouvidoria ou setor de Recursos Humanos para solicitar alguma solução ao caso;
  • Buscar apoio jurídico com profissionais habilitados;
  • Contatar os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).

Você pode denunciar no sindicato de sua categoria, centros de Referência Em Saúde Do Trabalhador (CEREST), Ministério do Trabalho e Emprego (Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego – Comissão de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Combate à Discriminação).

Também poderá procurar ajuda no setor de atendimento à saúde ou Recursos Humanos e/ou nas seguintes instituições e órgãos: Ministério Público do Trabalho, Justiça do Trabalho, Comissão dos Direitos Humanos e relatar o ocorrido ao funcionário responsável.

Da mesma forma, é de bom grado anotar detalhadamente todas as humilhações sofridas especificando dia, mês, ano hora, local, nome do agressor, testemunhas, o que houve e demais informações.

Grave (se possível em vídeo) as situações em que ocorrem as agressões e busque auxílio com os colegas de trabalho que presenciaram a situação.

Faça contato com outras vítimas assediadas pelo mesmo agressor e busquem juntas soluções cabíveis para o problema.

Considerações finais

Embora o assédio moral seja extremamente prejudicial à empresa em todos os sentidos, como pode ser constatado neste conteúdo, trata-se de uma situação recorrente na rotina da vida empresarial, que traz prejuízos imensuráveis ​​para a organização e para a vítima. 

Portanto, é cada vez mais importante desenvolver medidas para prevenir a recorrência e expansão deste problema na empresa. 

Isso significa que o assunto é frequentemente abordado por meio de palestras e treinamentos, sendo sempre mantido um canal aberto e confidencial para denúncias e os colaboradores são incentivados a contatar os responsáveis ​​em caso de assédio. 

Além disso, a empresa deve sempre investigar uma denúncia de assédio moral e tentar punir os assediadores, mostrando que tal comportamento não faz parte da política da empresa.

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