O inventário de bens é o processo legal pelo qual os bens de uma pessoa falecida são levantados, avaliados e divididos entre os herdeiros conforme a lei ou conforme determinado em um testamento. Esse procedimento é obrigatório para a transferência de propriedades e outros ativos aos herdeiros. A atuação de um advogado especializado em inventários é fundamental para garantir que o processo ocorra de maneira justa, legal e dentro dos prazos estabelecidos, evitando complicações jurídicas futuras.
O Que é o Inventário de Bens?
O inventário é o procedimento judicial ou extrajudicial utilizado para formalizar a divisão do patrimônio de uma pessoa falecida entre seus herdeiros e/ou legatários. Esse processo é necessário para assegurar que a partilha dos bens ocorra de forma justa e conforme os direitos dos herdeiros. O inventário pode envolver imóveis, veículos, contas bancárias, investimentos e outros bens deixados pelo falecido, assim como dívidas que possam existir.
O inventário deve ser iniciado por um advogado, que será responsável por orientar os herdeiros em todas as etapas, desde a identificação dos bens até a finalização da partilha. O advogado também tem a função de garantir que os direitos de todos os herdeiros sejam respeitados e que os trâmites legais sejam seguidos à risca.
Quando o Inventário é Necessário?
O inventário é obrigatório sempre que uma pessoa falece e deixa bens a serem partilhados entre herdeiros. Ele deve ser aberto em até 60 dias após o falecimento do titular dos bens, e seu não cumprimento dentro desse prazo pode gerar multas e complicações legais. É importante ressaltar que mesmo os bens que estão registrados apenas em nome do falecido não podem ser transferidos ou vendidos antes da finalização do inventário.
1. Inventário Judicial
O inventário judicial é utilizado quando há disputas entre os herdeiros, quando o falecido deixou testamento, ou quando um dos herdeiros é menor de idade ou incapaz. Nesse caso, o processo deve ser conduzido perante um juiz, que será o responsável por homologar a partilha de bens. O inventário judicial costuma ser mais demorado devido às etapas processuais e audiências necessárias.
2. Inventário Extrajudicial
Quando há acordo entre todos os herdeiros e não existe testamento, o inventário pode ser realizado de maneira extrajudicial, ou seja, em cartório. O inventário extrajudicial é mais simples e rápido, e pode ser finalizado em poucas semanas. Para que isso ocorra, todos os herdeiros devem estar de acordo com a partilha e ser maiores de idade e capazes.
Como é o Processo de Inventário?
O processo de inventário segue uma série de etapas, que podem variar de acordo com a modalidade escolhida (judicial ou extrajudicial). Abaixo, descrevemos as principais fases do inventário:
1. Contratação de Advogado
A primeira etapa do inventário é a contratação de um advogado especializado. Esse profissional será responsável por abrir o processo de inventário e representar os herdeiros perante o tribunal ou o cartório. A presença de um advogado é obrigatória, tanto no inventário judicial quanto no extrajudicial.
2. Nomeação de Inventariante
O inventariante é a pessoa responsável por administrar os bens do falecido durante o processo de inventário. Geralmente, o inventariante é escolhido entre os herdeiros, mas, em alguns casos, pode ser uma pessoa de confiança indicada pelo juiz. O inventariante deve prestar contas do patrimônio e garantir que todos os bens sejam preservados até a partilha.
3. Levantamento de Bens e Dívidas
Em seguida, é feito o levantamento de todos os bens deixados pelo falecido, incluindo imóveis, veículos, dinheiro, investimentos e outros ativos. Também é necessário levantar as dívidas que o falecido deixou. O advogado e o inventariante trabalham juntos para garantir que todos os bens e passivos sejam identificados corretamente.
4. Avaliação de Bens
Após o levantamento dos bens, é feita a avaliação do valor de cada um deles. Essa avaliação é essencial para determinar como será feita a partilha, especialmente em casos de bens imóveis ou empresas. O valor de mercado dos bens é levado em consideração para garantir uma divisão justa entre os herdeiros.
5. Partilha de Bens
Com o valor dos bens determinado, a próxima etapa é a partilha. A divisão dos bens é feita de acordo com o regime de sucessão, seja conforme um testamento deixado pelo falecido ou, na ausência dele, conforme a legislação brasileira. A partilha deve ser justa e proporcional ao direito de cada herdeiro.
6. Pagamento de Impostos
Durante o processo de inventário, é necessário pagar o ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), que incide sobre a transferência dos bens aos herdeiros. O advogado responsável pelo inventário orienta os herdeiros sobre o cálculo e pagamento desse imposto, que varia conforme o estado.
7. Finalização e Registro
Após a homologação da partilha pelo juiz (no caso do inventário judicial) ou pelo cartório (no caso do extrajudicial), os herdeiros podem registrar os bens em seus nomes. Imóveis, por exemplo, devem ser registrados no cartório de registro de imóveis, e outros bens, como veículos, devem ser transferidos para os novos proprietários de acordo com as exigências legais.
Importância de Contar com um Advogado Especializado
O processo de inventário é complexo e exige o cumprimento de diversas etapas legais. Por isso, é fundamental contar com a orientação de um advogado especializado, que possa garantir que todos os procedimentos sejam seguidos corretamente e que os herdeiros recebam o que têm direito.
Além disso, o advogado especializado em inventários ajuda a evitar conflitos entre os herdeiros, orienta sobre as melhores estratégias para a partilha de bens e assegura que todos os documentos e prazos legais sejam cumpridos. Esse acompanhamento é essencial para que o inventário ocorra de maneira tranquila e segura.
Conclusão
O inventário de bens é um procedimento obrigatório para a divisão do patrimônio deixado por uma pessoa falecida. Com o auxílio de um advogado especializado em inventários, é possível garantir que o processo ocorra de forma justa, rápida e de acordo com a legislação. Seja pela via judicial ou extrajudicial, o advogado desempenha um papel fundamental na orientação dos herdeiros e na conclusão segura do inventário.